Na sede do Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juazeiro, no dia 13 de julho, estiveram
reunidos jovens e membros do conselho tutelar para a retomada das atividades da
Recid no município. Os educadores Antônio Carvalho (Recid) e Luciano Melo
(Uespi) coordenaram a atividade pedagógica que contou com representantes da
sede do município e de comunidades e assentamentos rurais. A atividade
apresentou os seguintes objetivos: escutar o coletivo sobre seus anseios e
necessidades e planejar o que pode ser feito neste segundo semestre em Juazeiro
para melhorar a situação de nosso povo.
Depois da mística, tivemos um momento de análise motivado pelas seguintes questões: quais as organizações e movimentos sociais existentes no município? Quais as principais ações desenvolvidas? Como é a participação popular nas ações e lutas? Sobre as entidades e movimentos os participantes destacaram: STTR, conselho tutelar, Rádio Comunitária Mais FM, Emater, Sebrae, Pastoral da Criança, Grupo de Oração da Renovação Carismática, grupos de jovens, grupos de catequese, associação de moradores e associação de apicultores. Sobre as ações desenvolvidas, o coletivo pontuou: cursos de capacitação (Sebrae), Pronatec (em parceria com a Sasc – cursos técnicos), lazer com os idosos (“Forró dos Velhos” – STTR), observação e orientação sobre o direito das crianças e adolescentes com as escolas, defensoria, juiz, promotor, comunidades (conselho tutelar), coral da igreja, celebrações (grupos de jovens) e muitas ações de resgate dos jovens, por iniciativa das igrejas, com a palavra de Deus.
E sobre a participação popular,
podemos sintetizar por meio da fala de um dos participantes: “muito pouco.
Agora se for em prol da comunidade, até aparecem. Mas quando é de seu interesse,
aparecem muitos (bolsa-família, bolsa-safra), mas quando é para discutir
problemas coletivos (seca, por exemplo), muito pouco”. Outra participante
destacou: “a participação do jovem é pouca. A gente fica com aquela tristeza. O
mundo lá fora está terrível. A porta larga leva com mais facilidade”. Sobre a
atuação da juventude foi lembrado: “é mais fácil ficar em casa vendo TV. O
jovem está muito acomodado. Em casa eu tenho água, internet. Por conta da
facilidade estamos muito acomodados. Estamos em contato com o mundo todo dentro
de casa”.
Diante desse diagnóstico, o
coletivo foi interrogado sobre quais seriam os principais parceiros para uma
articulação e trabalho em rede. Foram citados: conselho escolar do município,
STTR, igrejas, pastoral do dízimo, a rádio comunitária, o irmão Samuel da
igreja Batista, Padre José Luís, associação do bairro Visgueirão, grupo de
jovens da Renovação Carismática.
Diante dos pontos levantados, o
coletivo foi desafiado a pensar em uma ou duas ações concretas que poderiam ser
realizadas no segundo semestre com os parceiros. Após um trabalho em grupo
foram sugeridas algumas atividades que estimulassem a participação juvenil.
Depois de um momento de discussão, chegou-se ao consenso de realizar uma
Assembleia Popular da Juventude no dia sete de setembro na sede do município
para discutir os seguintes temas: drogas, valores e cultura e empreendedorismo.
Construímos comissões para divulgar e mobilizar os participantes além de
definir outras responsabilidades para a organização da atividade.
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