terça-feira, 16 de julho de 2013

Jovens do município de Juazeiro planejam Assembleia Popular da juventude

            
Na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juazeiro, no dia 13 de julho, estiveram reunidos jovens e membros do conselho tutelar para a retomada das atividades da Recid no município. Os educadores Antônio Carvalho (Recid) e Luciano Melo (Uespi) coordenaram a atividade pedagógica que contou com representantes da sede do município e de comunidades e assentamentos rurais. A atividade apresentou os seguintes objetivos: escutar o coletivo sobre seus anseios e necessidades e planejar o que pode ser feito neste segundo semestre em Juazeiro para melhorar a situação de nosso povo.

Depois da mística, tivemos um momento de análise motivado pelas seguintes questões: quais as organizações e movimentos sociais existentes no município? Quais as principais ações desenvolvidas? Como é a participação popular nas ações e lutas? Sobre as entidades e movimentos os participantes destacaram: STTR, conselho tutelar, Rádio Comunitária Mais FM, Emater, Sebrae, Pastoral da Criança, Grupo de Oração da Renovação Carismática, grupos de jovens, grupos de catequese, associação de moradores e associação de apicultores. Sobre as ações desenvolvidas, o coletivo pontuou: cursos de capacitação (Sebrae), Pronatec (em parceria com a Sasc – cursos técnicos), lazer com os idosos (“Forró dos Velhos” – STTR), observação e orientação sobre o direito das crianças e adolescentes com as escolas, defensoria, juiz, promotor, comunidades (conselho tutelar), coral da igreja, celebrações (grupos de jovens) e muitas ações de resgate dos jovens, por iniciativa das igrejas, com a palavra de Deus.
 
 
E sobre a participação popular, podemos sintetizar por meio da fala de um dos participantes: “muito pouco. Agora se for em prol da comunidade, até aparecem. Mas quando é de seu interesse, aparecem muitos (bolsa-família, bolsa-safra), mas quando é para discutir problemas coletivos (seca, por exemplo), muito pouco”. Outra participante destacou: “a participação do jovem é pouca. A gente fica com aquela tristeza. O mundo lá fora está terrível. A porta larga leva com mais facilidade”. Sobre a atuação da juventude foi lembrado: “é mais fácil ficar em casa vendo TV. O jovem está muito acomodado. Em casa eu tenho água, internet. Por conta da facilidade estamos muito acomodados. Estamos em contato com o mundo todo dentro de casa”.
Diante desse diagnóstico, o coletivo foi interrogado sobre quais seriam os principais parceiros para uma articulação e trabalho em rede. Foram citados: conselho escolar do município, STTR, igrejas, pastoral do dízimo, a rádio comunitária, o irmão Samuel da igreja Batista, Padre José Luís, associação do bairro Visgueirão, grupo de jovens da Renovação Carismática.
 
Diante dos pontos levantados, o coletivo foi desafiado a pensar em uma ou duas ações concretas que poderiam ser realizadas no segundo semestre com os parceiros. Após um trabalho em grupo foram sugeridas algumas atividades que estimulassem a participação juvenil. Depois de um momento de discussão, chegou-se ao consenso de realizar uma Assembleia Popular da Juventude no dia sete de setembro na sede do município para discutir os seguintes temas: drogas, valores e cultura e empreendedorismo. Construímos comissões para divulgar e mobilizar os participantes além de definir outras responsabilidades para a organização da atividade.
 
 
Luciano Melo (educador)

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