sábado, 1 de junho de 2013

Recid faz Encontro Intermunicipal em Sigefredo Pacheco

 
Entre os dias 24 e 26 de maio, ocorreu o Encontro Intermunicipal da Recid da grande Pedro II. Com o tema “Ser jovem é ser revolucionário”, 67 pessoas (a grande maioria composta por jovens) estiveram reunidas na Fazenda Vitória, comunidade Lagoinha, município de Sigefredo Pacheco. Num grande terreiro agraciado pela sombra de mangueiras, discutiram as seguintes temáticas: “metodologia de educação popular”, “violência contra jovens e mulheres” e “agroecologia”.

Com a colaboração do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Sigefredo Pacheco e Juazeiro, Fundação Santa Ângela, Universidade Estadual do Piauí, grupos de jovens das comunidades Lagoinha e circunvizinhas e mulheres voluntárias, o encontro foi organizado com fortes momentos de mística, profundas reflexões e intenso sentido de colaboração e integração.
 
 
Seguem abaixo algumas das considerações pontuadas pelos participantes sobre o encontro:
 
“Educação popular é uma peça chave: sem termos conhecimento sobre educação popular, fica difícil para pensarmos uma juventude revolucionária. Que a gente não fique só aqui: compartilhar com os colegas em nossas comunidades o que aprendeu”.  
“Nós jovens pudemos desenvolver um pensamento e ser um elo de uma corrente para desenvolver o nosso ser revolucionário”.
“Ser jovem revolucionário é saber lidar com grupos, com pessoas. E a educação popular nos ensina a saber respeitar as diferenças”.
“A união faz a força. A gente pode sim, sentar, conversar, dialogar: a gente tem que seguir em frente já que queremos o melhor”.
“Ser jovem revolucionário é ter senso crítico, ser ousado, difundir os conhecimentos que a gente tem”.
“Contribuiu com a sabedoria. Com o que aprendemos podemos melhorar nossa capacidade de diálogo com nossas comunidades”.
“Teve importância pois aumentou conhecimento da gente, vimos a importância da educação popular e da luta coletiva”.
 
 
“É o fim de uma etapa, não o fim de tudo. O aprendizado é uma coisa contínua. Eu sou aquele camponês que nunca abandonei o campo até lutar pelo assentamento da nossa terra. Sempre aprendi em vários cursos populares. E nos movimentos populares eu me tornei um sábio e é isto que desejo para todos. Um dos trabalhos mais importantes do sindicato é este trabalho em parceria com a Fundação Santa Ângela: nos faz entender a educação popular que faz-nos saber conviver melhor, partilhar, viver juntos. Que bom que a juventude fizesse revolucionar o método Paulo Freire e nossas escolas adotassem o método popular. Meus filhos participaram de movimentos sociais. Quando eu ouço falar em aprendizado para jovens, jamais deixaria de fazer o possível para apoiar. Parabéns! E continue! Não se deixe levar pelas amarras para lutar pelo coletivo. Eu sempre abracei a verdadeira reforma agrária. A terra é vida. Quanto mais aprendermos, melhor. Não vamos ouvir aquelas falas laterais: precisamos continuar lutando por ser um homem de roça, porque nunca me arrependi por viver na terra!”.
 
Luciano Melo (educador popular - RECID)

Nenhum comentário:

Postar um comentário