PEDRO II REVIVE A EXPERIÊNCIA DE MAIS UM CHÁ FREIREANO

No sentido de fortalecer cada vez mais a experiência do reencontro e de manter viva a mística que nos motiva para a caminhada e somada a dedicação de tantos jovens, é que mais uma vez acontece em Pedro II uma nova experiência do Chá Freireano.

Foi resgatando momentos de encontros anteriores que todos se puseram a dialogar sobre os desafios da atuação em rede, de organizações e movimentos sociais enquanto espaços de troca e, portanto, qualificadores do conhecimento e da formação para a ação.

O que acontece com cada um desses jovens quando se disponibilizam a se organizarem em rede, assim como o que significa isso para suas vidas e no interagir com outros e outras, foi externado na fala de cada um através da dinâmica da teia de aranha, reforçando a idéia de que a rede é como um processo de comunicação que apresenta um padrão de relacioenamnto horizontal e de conectividade ao saber e ao conhecimento do outro. Dessa forma, tem-se algumas palavras-chave de DESEJO proclamadas pelos jovens participantes, como: Força – Persistência - Paz e união – Entusiasmo – Maturidade – Harmonia - Manter vivo o entusiasmo.

Nesta relação que se estabelece em rede se entende também de haver toda uma harmonia direta com os cuidados ao meio ambiente, que acaba por exigir do grupo calma e paciência para a relação de equilíbrio com o mesmo, e da mesma forma com a atuação em rede como algo que se constrói aos poucos, a cada passo da caminhada. Quanto a isso, eis algumas falas representativas do grupo:

 

Acho que o que deve acontecer no grupo são a paciência e o equilíbrio para dar certo do final;” – “O grupo esteve atento para encontrar a solução que era colocar a caneta dentro da garrafa (dinâmica), caracterizando a questão do equilíbrio” – “A rede é isso, é a busca do equilíbrio” – “O exercício de estar em sintonia com o todo”. 

Num segundo momento houve a leitura da segunda carta pedagógica de 2012, e que após isso, todos se puseram a dialogar e amadurecer as propostas e sugestões que norteiam o planejamento para os próximos passos da rede na microrregião, que são: 

 

Investir no trabalho de controle social das políticas públicas e formação política.

Trabalhar a formação integral de lideranças que atuam nas organizações sociais populares de forma processual/continua.

Priorizar o trabalho com juventude (encontros, intercâmbios, organização política).

Realizar o encontro intermunicipal com o público específico para jovens

Realizar um grande acampamento da juventude sobre ecologia, meio ambiente, cidadania..

Construir uma equipe de educadores que dinamize o processo de educação popular na MR

Desenvolver oficinas que levem ações práticas.

Promover espaços de lazer.

Promover encontros com educadores: intercâmbio e organização política.

Continuação dos cursos de formação com os jovens convidando mais entidades e poderes para participarem.

Acompanhamento sistêmico junto a juventude periférica.

Fortalecer o espaço dos chás freireanos na MR de Pedro II, ampliando público e ações.

Educadores liberados acompanhar e orientar os grupos formados pelos educadores populares.

Em meio a tantos avanços, dificuldades e ainda muitos desafios a serem superados, é que a RECID Piauí trás para si o acúmulo de experiências de mais um ano de muito empenho e dedicação neste ciclo que se fecha para que outro se inicie. É neste movimento cíclico e contínuo que nos move e nos entusiasma, que vemos nossa Pedro II e as demais microrregiões do Estado do Piauí acreditando de estar dando a sua grande colaboração para o processo de construção de um país verdadeiramente democrático, justo e solidário.

 

 

Rosa Pereira e Carvalho (educadores popular)