No dia 5 de
maio, na Fundação Santa Ângela, os educadores Antônio Carvalho (Recid e
Fundação Santa Ângela) e Luciano Melo (Uespi – projeto extensionista Humanismo
Caboclo) e mais 22 jovens da região de Sigefredo Pacheco e Juazeiro estiveram
reunidos durante toda a manhã para dar continuidade ao processo de discussão e
encaminhamento do Encontro Microrregional da Recid na grande região de Pedro II
bem como para discutir e encaminhar o processo de formação de seus coletivos. Foram discutidos elementos da
infra-estrutura de organização do encontro (desde alimentação, estrutura física
do espaço, equipamentos necessários, material pedagógico) como também equipes
de colaboradores (cozinheiras, apoio operacional, limpeza e preparação do
espaço, noite cultural etc.). Também foi confirmada a equipe de assessores que
discutirão os três temas do encontro: “realidade da seca e educação do campo”,
“violência contra mulheres e jovens” e “educação popular”. Ao final, definimos
os participantes do encontro. Com o apoio do Sindicato de Trabalhadores e
Trabalhadoras Rurais, ampliamos nossa meta de participantes para o encontro: a
expectativa é reunir 61 jovens. Para tanto, o coletivo demonstrou bastante
motivação e compromisso.
Num segundo momento da reunião,
tomamos como missão construir um perfil geral dos grupos dos quais fazem parte
os jovens de Sigefredo Pacheco e Juazeiro. Em maior número, grupos de jovens e
grupos de orientação católica. Em menor número, grupos de estudo (programa
“Jovem Saber” – Contag) e associação de moradores. Os participantes,
distribuídos em porções menores, discutiram as “ações” desenvolvidas por cada
um desses coletivos bem como suas “dificuldades e desafios”. Na plenária, foram
apresentadas as reflexões e, ao mesmo, debatidas pelos demais participantes.
Foi um momento particular para pensarmos sobre os sentidos da organização e
participação política: a transformação social é fruto das lutas de coletivos
que produzem uma crítica social ao tempo que reivindicam por direitos e
transformações da realidade.
Inspirado por essa reflexão, o
coletivo passou para o terceiro ponto da reunião: a discussão das estratégias
das atividades educativas na região bem como as lutas da juventude. Ficou
encaminhada uma reunião para o dia 22 de junho (na sede do STTR de Sigefredo
Pacheco) na qual um coletivo menor reunir-se-á para construir uma espécie de
guia que servirá como base para organização metodológica e reflexiva das
atividades educativas dos grupos. No dia 27 de julho, também na sede do STTR,
este mesmo coletivo fará uma reunião com as equipes responsáveis por cinco
comunidades de Sigefredo Pacheco (incluindo a própria sede) para socializar a
proposta do guia. Com o guia em mãos, entre agosto e novembro do corrente ano,
os coletivos e suas respectivas comunidades farão reuniões e encontro para
discutir suas realidades e elaborar um conjunto de reivindicações aos poderes
públicos do município (judiciário, legislativo e executivo). Este documento
será entregue num grande ato público a ocorrer na cidade de Sigefredo Pacheco
em dezembro.
O coletivo de Juazeiro, por suas
características próprias, preferiu fazer uma reunião em separado (23 de junho,
na própria sede do município) para discutir os desafios próprios de suas
realidades e elaborar um planejamento capaz de refletir sua trajetória
organizativa e conjunto de reivindicações.
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